"E você conhecerá a verdade, e a verdade o libertará."
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Também pode haver esperança no caos da pandemia: 3 experiências

domingo 17/05/2020

A quarentena foi mais extensa do que se imaginava. O novo coronavírus é mais poderoso do que muitos esperavam. Não…

Tercer Ángel

beixo
Os tempos que transcorrem são singulares.

A quarentena foi mais extensa do que se imaginava. O novo coronavírus é mais poderoso do que muitos esperavam. Não é “o vírus chinês” que alguns descartaram antecipadamente, mas uma pandemia global. Que a ciência encontre uma vacina é a grande esperança e que isso aconteça antes do final de 2020.

E como ocorreu essa emergência de saúde que ameaça se tornar uma crise social e econômica com consequências políticas?

O Planeta Terra parece agitado porque o novo coronavírus expôs a fragilidade do homem e de sua civilização. Grandeza e arrogância entraram em profunda crise e levará muito tempo para reparar a ferida infligida ao ego coletivo.

  • Era Deus ou Satanás?, muitos se perguntam quem sabe da luta milenar entre o Bem e o Mal.
  • Isso é um castigo? É um julgamento divino? Contra quem?, outros questionam.
  • Por que tantos inocentes morrem?
  • É o começo do Apocalipse ou apenas um evento que forçará definições que levarão a outra crise?

Não é conveniente adicionar estresse à situação difícil resultante da própria quarentena.

covid Brasil
“Associar o julgamento divino à pandemia satisfaz mentes curiosas, mas não faz justiça à imagem complexa e completa das Escrituras.”
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A condição humana e redenção

O engenheiro Délio Porto, que mora em Minas Gerais (Belo Horizonte, Brasil), escreveu uma reflexão muito interessante na revista Ultimato:

“Enquanto o mundo assiste às trágicas conseqüências da pandemia de Covid-19, sai a notícia de que o julgamento de Deus está em ação. Essa tem sido a explicação de alguns cristãos para a pandemia. Trata-se de construir uma ponte entre a Narrativas bíblicas sobre os julgamentos de Deus e a pandemia de hoje Resta saber se ele fornece uma boa compreensão de Deus e o papel da igreja na situação atual.

A principal expectativa que se pode ter dessa abordagem é paralisia, medo ou resignação perante a Corte divina. É compreensível, pois o mal e a morte não são incubadoras de esperança e vida. Uma mudança só pode ser realizada proclamando o evangelho, não julgamento. Nesse caso, não é esperado um efeito transformador. Os sobreviventes, confusos com suas perdas e seu medo, verão a si mesmos como possíveis vencedores na luta contra o destino.

Associar o julgamento divino à pandemia satisfaz mentes curiosas, mas não faz justiça à imagem complexa e completa das Escrituras. A Bíblia é a história da salvação, não um manual para explicar desastres. A mensagem da igreja é sobre um Deus que perturba ou desorganiza condições trágicas, porque a salvação chegou.

A salvação e o julgamento devem ser entendidos a partir da cruz, e somente a partir dela se pode ter um entendimento correto de Deus. Não se trata de omitir o julgamento na proclamação do evangelho, mas fazê-lo convergir com Cristo e a cruz, isto é, subordiná-lo à grandeza da graça e da misericórdia. A riqueza da proclamação cristã é encontrada no anúncio de “coisas boas”, como o apóstolo Paulo nos lembra:

Mas como poderão invocá-lo se não crerem nele? E como crerão nele se jamais tiverem ouvido a seu respeito? E como ouvirão a seu respeito se ninguém lhes falar?
E como alguém falará se não for enviado? Por isso as Escrituras dizem: “Como são belos os pés dos mensageiros que trazem boas-novas!”
.

Corintios 10:14-15

(…) O que podemos enfatizar, e confiamos em dizer, é que Deus enviou Vida, não a morte, e quer que todos sejam salvos. Vença o mal e transforme os campos da tragédia em campos de paz. Faz todo o sentido anunciar a soberania divina, pois tira proveito de tragédias, guerras, pragas e mortes. Estes últimos são característicos da condição humana e somente uma vontade sobrenatural pode superá-los.

A situação atual pode sugerir, para alguns, as questões de raiva e julgamento, mas a questão mais importante do momento é o valor da vida. E essa abordagem não presta atenção a isso. (…)

A igreja não tem a função de agente judicial a serviço da execução de uma ordem de prisão ou exílio. A oportunidade atual da igreja é semelhante à do embaixador, que anuncia a chegada de um avião de resgate aos refugiados.

A visão correta da soberania de Deus faz com que a igreja veja que o criador do céu e da terra também envia salvação, usa seu poder para resgatar, para criar oportunidades para o êxodo. Pragas, pragas, guerras são características da condição humana. O sobrenatural é a salvação (…) é o bom resultado, apesar do começo ruim, é a água viva que está no meio do inferno de fogo. (…) “

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“Todos passamos por situações que, como Ezequiel, nos levam a ficar tristes, a lamentar, a ir a um lugar solitário para chorar. E talvez, nessa situação difícil, possamos duvidar do amor de Deus, de Deus.” sua proteção e cuidado.
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Frustração e recompensa

Em muitas ocasiões, a vida segue de maneira diferente do que imaginamos.

No entanto, é sempre para nós. E, às vezes, o inesperado pode ser uma recompensa ou uma bênção.

Eric E. Richter, da Faculdade de Teologia da Universidade Adventista de Plata (Libertador San Martín, Entre Ríos, Argentina), escreveu sobre o caso do profeta Ezequiel.

Acontece que o profeta estava deprimido. Ezequiel tinha 30 anos, idade em que, como convém a um membro da tribo de Levi, ele teve que iniciar seu serviço no templo, justo ele, filho, neto, bisneto, bisneto de padres.

No entanto, quando Ezequiel completou 30 anos, não havia mais templo em Jerusalém. A impressionante arquitetura construída pelo rei Salomão havia sido destruída pelo rei Nabucodonosor, que havia levado muitos jovens cativos para a Babilônia, incluindo Ezequiel.

“Em vez de estar no templo de Jerusalém, na capital do reino de Judá, Ezequiel estava em uma cidade pobre da Babilônia pagã. Em vez de ser um sacerdote distinto e respeitado, ele não tinha profissão nem futuro. Toda a sua vida ele havia se preparado para ser padre. Mas aquele ano tão esperado chegara, quando completaria 30 anos e ele não era ninguém, com seus sonhos quebrados. Agora é fácil entender por que Ezequiel estava à beira do rio, triste e deprimido.”

No entanto, Ezequiel estava prestes a receber uma visão e uma mensagem. Sem dúvida, ele estava muito perto de se tornar um protagonista de uma certa história muito mais importante do que aquela que poderia ter vivido no templo.

“(…) Todos passamos por situações que, como Ezequiel, nos levam a ficar tristes, a lamentar, a ir a um lugar solitário para chorar. E talvez, nessa situação difícil, possamos duvidar do amor de Deus. Deus, de Sua proteção e cuidado. Podemos duvidar se Jesus está interessado em nossas vidas, se ele está ciente de nosso sofrimento e dor. Mas a Bíblia tem respostas para nós.

(…) Ezequiel recebeu não apenas a oportunidade de ser profeta, mas também de ter visões que formam um livro que faz parte da Palavra de Deus, a Escritura revelada que o Senhor escolheu para se tornar conhecido por seus fiéis por meio da história. Certamente podemos dizer que Deus deu a Ezequiel muito mais do que ele havia perdido!

(…) E é interessante que, embora Deus tenha compensado sua perda de vocação e ministério, ele nunca o ajudou a voltar a Jerusalém. Ezequiel morreu no exílio, na Babilônia pagã, sem nunca mais ver sua amada cidade natal. No entanto, Ezequiel é o único profeta no Antigo Testamento que é capaz de ver o céu aberto (Ezequiel 1: 1). Isso significa que, embora ele nunca tenha sido capaz de retornar à Jerusalém terrena, ele teve a oportunidade única de ver a Jerusalém celestial. Ele foi capaz de observar o lar eterno que Deus preparou no céu para seus remidos. Embora Ezequiel não tenha retornado à Canaã terrena, sabemos que ele estará entre as moradas salvas na Canaã celestial.

(…) devo ser sincero, não sei como Deus agirá em sua vida, com as perdas que você sofreu. Não sei se você receberá compensação nesta vida ou se o Senhor lhe dará “cem vezes mais” e também lhe dará “vida eterna” (Mt 19:29) no último dia. Mas aconteça o que acontecer, eu sei que temos um Deus que nos ama tanto que ele não hesitou em dar tudo, incluindo seu único Filho para nos salvar. Estou convencido de que Deus sabe o que é melhor para cada um de nós e sempre buscará nosso benefício. (…) “

internado
“Não quero diminuir toda a dor, sofrimento e morte que esta pandemia está causando à humanidade. Nossas preocupações não são infundadas. O ponto é que preciso apresentar minhas limitações a todos eles”.
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Karol Coelho é jornalista, poeta e escreveu o livro “Estado Atmosférico” ao integrar a rede de jovens cristãos no Instagram, Projeto 242.

E então ele decidiu deixar seu testemunho:

Estou trocando o dia pela noite. Nada que eu planeje, posso fazer. Se antes eu estava em um momento de incerteza, que via como um mar de possibilidades, agora estou imerso em minha própria imprecisão. E posso culpar Covid-19 .

Muitos de nós estão dizendo que é hora de desfrutar, desintoxicar-se das redes sociais, ler os livros que sempre desejamos ler ou buscar a Deus. Quantos grupos de oração não apareceram nas últimas semanas? Eu perdi a conta! E seria estranho se eles não tivessem aparecido. Mas nem sempre quero participar.

Estou farto de futuros. Meu coração não descansou com as improbabilidades que minha imaginação cultivou. Serei capaz de pagar o aluguel? Meus pais vão ficar bem? A empresa que meu irmão trabalha poderá mantê-lo no emprego? Vou conseguir um emprego nesse período de quarentena?

Devo admitir que a culpa por essas perguntas não é a pandemia, porque a qualquer momento os medos estão batendo nas portas do coração e, se eu não os abrir, eles podem pular pelas janelas.

Não quero diminuir toda a dor, dificuldades e mortes que esta pandemia está causando à humanidade. Nossas preocupações não são infundadas. O ponto é que preciso apresentar minhas limitações a todos eles.

Confesso que, às vezes, esqueço a soberania de nosso Criador e acredito cegamente que não poderei aproveitar a oportunidade para ser sua filha, respondendo com santidade e amor às feridas deste mundo.

É hora de acreditar e também de confessar: sem Deus não podemos sobreviver a nós mesmos. Diante do espelho, pintado com todas as insuficiências que temos e que somos, presos em nossos próprios desejos, planos e sonhos, passamos da realidade de seus filhos à mentira de que não há esperança.

Mas há esperança. Ele é esperança.

Que confessemos nossa dependência e clamamos, toda vez que mergulhamos em nossas trevas, por sua salvação. Porque “em todas essas coisas somos mais que vencedores, para quem nos amou”. (…)”.

codiv-19
Sexta-feira 08/05/2020, 15:00 horas na Argentina, Mapa Global da Universidade John Hopkins.

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